Sudão pode demolir pelo menos 25 igrejas nos próximos dias

O governo sudanês já havia proibido a construção de novas igrejas no país e agora afirma que há cerca de 25 templos em terrenos de "situação irregular".

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

Igreja no Sudão. (Foto: Bolsa do Samaritano)
Igreja no Sudão. (Foto: Bolsa do Samaritano)
Os cristãos no Sudão estão enfrentando uma perseguição maior por parte do governo, de acordo com um grupo de vigilância, com autoridades definidas para demolir pelo menos 25 igrejas em Cartum.
O Centro Americano de Direito e Justiça (ACLJ) disse na última quinta-feira (6) que os cristãos, que são uma minoria no Sudão dominado pelos muçulmanos, têm protestado contra os planos do governo de demolir pelo menos 25 igrejas no país. Autoridades afirmam que esses templos foram construídos em terrenos destinados a outros usos.
"O governo sudanês tem repetidamente oprimido a comunidade cristã por interferir com suas terras e locais de culto. Por exemplo, em 2014, as autoridades do governo fizeram uma declaração de que nenhuma nova igreja poderia ser construída no Sudão", informou o ACLJ.
"Além disso, em 2012, o Ministério dos Patrimônios cancelou o comitê democraticamente eleito que estava em vigor desde 1902 para supervisionar propriedades das igrejas e nomeou um comitê corrupto, que vendeu a maior parte das terras das igrejas", acrescentou.
O Centro Americano de Direito e Justiça também alertou que em fevereiro de 2015 o comitê nomeado pelo governo não é legítimo, já que houve a dissolução do comitê eleito pelo povo para que este novo assumisse.
"O Tribunal Administrativo emitiu uma decisão em fevereiro de 2015 que determina que o ministério não tem o direito de nomear esse comitê ea comissão eleita teve o poder legal de lidar com a terra da igreja, mas o governo se recusou a implementar a decisão do tribunal", destacou o documento do ACLJ.
As autoridades estão planejando vender as terras das 25 igrejas depois que elas forem demolidas, a fim de obter lucro com estas negociações.

Falsas acusações e intolerância
Vários pastores também foram presos por falsas acusações de "ameaça à segurança nacional" nos últimos meses e apesar de alguns terem sido libertados, o Rev. Hassan Abduraheem permanece na prisão depois de ter sido condenado a uma pena 12 anos por causa de sua fé cristã.
Em fevereiro, o Pastor Michael Yat, que também havia sido preso anteriormente, disse à organização "International Christian Concern" em resposta a perguntas feitas pelo 'Christian Post', que o governo sudanês não quer que o cristianismo permaneça no país.
Ele afirmou que o governo faz clara oposição aos cristãos que sabem podem falar árabe, "porque eles temem que eles podem facilmente chegar aos muçulmanos e conquistá-los para Cristo".
"Eles não permitem que os pastores cheguem aos muçulmanos em Cartum, Darfur e nas montanhas Nuba, áreas estritamente dominadas por muçulmanos", contou Michael.
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