Missionária compartilha sua experiência e a influência familiar
O Sul da Ásia é uma das muitas regiões do planeta onde falar de Jesus
representa coragem para enfrentar duras perseguições. Uma nação onde
predominam o islamismo e o hinduísmo, com adoração a vários deuses
também, é alvo do amor dos batistas brasileiros. É neste contexto que
Sárala Kumar (pseudônimo), uma missionária aparentemente frágil, com sua
voz doce e suave, anuncia que somente Cristo tem poder pra salvar.
O amor por Missões nasceu no coração de Sárala quando ainda era
adolescente. Ela se lembra com detalhes de uma viagem voluntária que
fez, aos 13 anos, a um campo transcultural em companhia de seus pais e
irmã. Ela considera muito importante a influência de sua família.
“Minha mãe era promotora voluntária de Missões e eu sempre a ouvia
falando sobre Missões. Isso foi tomando conta do meu coração. E nessa
viagem que a gente fez com o pessoal da Terceira Igreja Batista da Ilha
do Governador, no Rio de Janeiro/RJ, visitamos uma pessoa que hoje é
missionária da JMM (Junta Mundiais de Missões). Ela é a irmã Vanete, que
está no Timor-Leste. Foi muito marcante”, diz Sárala.
Após esta experiência, Sárala foi para faculdade estudar Comunicação
Social, quando sentiu o chamado para ser missionária. Logo que terminou o
curso superior, foi estudar no Seminário Teológico Batista do Sul do
Brasil. A dispensa da multinacional onde trabalhava só confirmou os
planos que Deus tinha para a sua vida.
“Eu pedi para Deus que quando chegasse a hora de seguir uma nova
direção, que Ele me tirasse o emprego. No dia seguinte a esta oração, eu
fui demitida. Achei aquilo muito engraçado”, confessa a missionária.
No ano de 2004, Sárala procurou a JMM, mas acabou seguindo aos campos
transculturais por meio de outras agências missionárias. Seu coração
batia pelo Sul da Ásia. Era para aquele povo que Sárala deseja
testemunhar o amor de Cristo. Finalmente, em 2012, ela conseguiu ser
enviada por Missões Mundiais àquela região.
A entrada no país onde Sárala está é bem complicada. Envolve burocracia
para emissão e renovação de visto de permanência. Outro problema é o
tratamento dispensado a mulheres, principalmente as estrangeiras. Por
lá, a mulher não pode circular sozinha pelas ruas o tempo todo. São
coisas que têm dificultado o trabalho. No entanto, não impedem sua
determinação em cumprir a missão que Deus lhe confiou.
O trabalho de Sárala é focado na parceira que a JMM mantém com agência
missionária local Al Bashir. Sua função é ajudar esta agência a se
tornar autossustentável.
Eles trabalham de forma contextualizada, falando de Jesus de forma que,
dentro daquela cultura, muito diferente da ocidental, aquele povo possa
conhecer o verdadeiro e único Deus. O trabalho se resume em três
frentes: plantação de igrejas contextualizadas; desenvolvimento
comunitário, com oferta de cursos para mulheres e adolescentes,
perfuração de poços artesianos, alfabetização de adultos e treinamento
de líderes.
Projeto Tabitha
Este projeto surgiu da necessidade de oferecer amparo a órfãs e viúvas
deste país do Sul da Ásia, cujo nome não pode ser divulgado, para
preservar a segurança dos missionários que lá estão. A oferta de cursos,
principalmente de costura, garante um meio de subsistência a essas
pessoas que, em sua maioria, acabavam indo mendigar nas ruas.
Ao todo, o projeto conta com a participação de mais de 100 professores.
Todos são da região. Cerca de 80% são ex-muçulmanos que se converteram
ao cristianismo graças ao trabalho da Al Bashir em parceria com a JMM.
Na Bíblia, Tabitha foi a menina que Jesus ordenou que levantasse. Ela
estava morta e ressuscitou. Este é o objetivo do projeto: reerguer
pessoas discriminadas pela sociedade local, sob a direção da Palavra de
Deus.
As dificuldades para se levar a mensagem do Evangelho de Cristo são
muitas no Sul da Ásia. Felizmente há um povo que se importa com a
salvação dos povos que lá estão. Você pode conhecer um pouco mais sobre a
perseguição religiosa no Sul da Ásia e em outras partes do planeta,
assumindo o compromisso de orar pela igreja perseguida.
Fonte:Cpad News