A professora de Alcorão Souri, 60 anos, foi uma
muçulmana devota durante toda a sua vida. Quando sua filha e sua irmã se
converteram a Cristo, Souri começou a buscar a verdade
Tendo nascido em um dos centros religiosos do Irã, fui uma muçulmana devota a vida toda. Tenho 60 anos agora, mas me lembro de ir a Teerã, ainda jovem, e ver que lá as mulheres não se cobriam como eu pensava que elas deveriam se cobrir. Naquela época, o Irã era um país secular. Isso me preocupava e eu não gostava, uma vez que era uma muçulmana devota. Eu ficava longe daquela sociedade secular: orava segundo o namaz — a oração em que se prostra bastante e faz movimentos bastante específicos; jejuava durante o ramadã e participava da Ashura — uma data xiita em que se lembra o martírio de um importante imame. Quando comecei a estudar, ninguém se surpreendeu por eu escolher a língua árabe e o Alcorão.
Tendo nascido em um dos centros religiosos do Irã, fui uma muçulmana devota a vida toda. Tenho 60 anos agora, mas me lembro de ir a Teerã, ainda jovem, e ver que lá as mulheres não se cobriam como eu pensava que elas deveriam se cobrir. Naquela época, o Irã era um país secular. Isso me preocupava e eu não gostava, uma vez que era uma muçulmana devota. Eu ficava longe daquela sociedade secular: orava segundo o namaz — a oração em que se prostra bastante e faz movimentos bastante específicos; jejuava durante o ramadã e participava da Ashura — uma data xiita em que se lembra o martírio de um importante imame. Quando comecei a estudar, ninguém se surpreendeu por eu escolher a língua árabe e o Alcorão.
Pode-se dizer que fui devotada a Alá a vida
toda. Depois de me formar, casei-me com um muçulmano também devoto e
comecei a ensinar o Alcorão e a língua árabe. Eu estudava o Alcorão
todos os dias. Meu marido e eu tivemos duas meninas que foram criadas
como muçulmanas. Elas cresceram e se casaram. Éramos uma família
muçulmana normal, até que minha caçula veio com uma surpresa da qual não
gostei: ela me disse que iria deixar o islamismo e se tornar cristã.
Fiquei chocada, mas, apesar disso, ela ainda era minha filha. Um dia,
ela me pediu para ir com ela a uma reunião que ela teria com seu pastor.
Enquanto ela conversava com o pastor, fiquei esperando na sala ao lado.
O pastor tinha um monte de livros sobre o islamismo e o cristianismo.
Como eu era uma professora do Alcorão, fiquei interessada em ler o que
aqueles livros tinham a dizer sobre o assunto. Peguei alguns e comecei a
ler, ali na sala, com um sentimento misto de ansiedade e curiosidade.
Uma mulher entrou na sala e me perguntou se eu gostaria de conversar
sobre o cristianismo, mas eu recusei, furiosa.
Um tempo depois, uma irmã minha descobriu um
tumor no estomago e foi internada no hospital. Minha filha mais nova foi
ao hospital, na companhia de outros cristãos, para orar pela tia.
Miraculosamente, o tumor diminui até se tornar um pontinho. Os médicos
ficaram maravilhados com isso. Minha irmã se tornou cristã depois disso.
Ela acabou morrendo de câncer, mas deixou para todos os seus parentes
um testemunho por escrito, dizendo todas as coisas que Jesus havia feito
em sua vida. Daquele momento em diante, comecei a orar a Jesus em meu
idioma, o persa, enquanto orava a Alá em árabe, o idioma de meus
estudos; porém um dia fui orar o namaz, mas quando fui me
prostrar, não consegui. Notei uma forte luz atrás de mim. Era como se
Jesus estivesse me impedindo de me prostrar a Alá. O próprio Jesus
revelou-se a mim, e seu poder era muito maior. Naquele dia, me rendi a
Jesus.
Meu marido, é claro, não gostou da minha
mudança de religião. Ele estava casado com uma muçulmana devota, que o
encorajava a orar e jejuar. Agora ele tinha de fazer tudo isso sozinho, e
sentia minha falta. Discutimos sobre isso. A única coisa que posso
fazer por ele agora é orar. Ele já me entende melhor e até se orgulha de
mim. Ele diz que não é mais um muçulmano, mas também não é cristão.
Continuo a pedir a Jesus que se revele ao meu marido também.
Hoje, estudo a Bíblia em vez do Alcorão. Minha vida mudou.
Fonte: Portas Abertas