Obreiros são atacados a caminho de um funeral.
A situação para a igreja vietnamita está ainda mais difícil, se comparada com 2014. Segundo o líder religioso Van*, que vive em Hanói, capital do Vietnã: "desde o início do ano até agora, o governo não reconheceu nenhuma igreja nova e as igrejas subterrâneas estão sendo mais perseguidas do que antes. Agora eles querem limitar o número de pessoas nas igrejas. A intenção é evitar o crescimento".
O Vietnã ocupa a 16ª posição na Classificação da Perseguição Religiosa e fica cada vez mais difícil assumir o Cristianismo por lá. "Antes, se eles vissem que estávamos contra o Decreto 92, eles simplesmente nos avisavam, mas agora com a nova lei, somos vistos como infratores, porque o desacordo com o decreto já se caracteriza como uma violação do direito nacional", explica Jim*, outro líder.
Segundo ele, a nova lei religiosa já está em sua quarta versão. "O governo insiste em controlar o crescimento da igreja através de proibições e de forma violenta. No dia 16 de junho, dez motoqueiros atacaram três obreiros da igreja de Ha Tinh, uma província do Vietnã. Os cristãos estavam simplesmente indo realizar um funeral, na casa de um irmão, quando os homens mascarados pararam o carro deles, no meio da estrada, e mandaram que saíssem", conta Jim.
"Eles se recusaram a sair do carro, então os atacantes lançaram paus e lanças. Os vidros foram quebrados e um estilhaço atingiu o pescoço de um irmão que sangrou muito. O motorista acelerou para escapar da multidão. Não houve mais danos físicos, mas o dano ao carro vai custar mais de US$ 1.500", diz o líder. Ele explicou que o motivo da violência se deu porque as autoridades não foram avisadas sobre o funeral cristão, mas os obreiros foram porque a família insistiu.
*Nome alterado por questões de segurança.
FontePortas Abertas Internacional