“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor, e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.3-4).
Eleição e predestinação são termos importantes na compreensão da doutrina da salvação.
Esses termos às vezes são usados por alguns teólogos de modo intercambiável.
Em contrapartida, a maioria dos intérpretes arminianos faz distinção entre os termos.
O teólogo pentecostal Severino Pedro da Silva avalia que a eleição e a predestinação “segue quase que paralelamente os mesmos ditames [...] e que alguns já chegaram até a sugerir que uma é a consequência da outra”.
De qualquer modo, esses vocábulos ligados entre si elucidam o plano divino de salvar os pecadores.
Um equívoco bem comum é confundir essas palavras como sinônimas.
Além disso, essas expressões têm provocado divergências entre pelagianos, semipelagianos, arminianos e calvinistas, especialmente no campo da “mecânica da salvação”.
Nesse aspecto da controvérsia, sumariamente se pode catalogar quatro visões soteriológicas: (1) os pelagianos, que afirmam ser o homem o único agente da salvação; (2) os semipelagianos, que defendem ser o homem aquele que dá início ao processo da salvação e que Deus responde ao homem; (3) os arminianos, que ensinam ser Deus quem inicia o processo da salvação e que o homem responde a Deus; e (4) os calvinistas, que argumentam ser Deus o único agente na salvação, predestinando uns para serem salvos e outros à condenação.
Nesse capítulo, abordaremos os conceitos bíblicos e a posição pentecostal referente a esses pontos.