Apesar
da barbárie que sofrem as mulheres africanas, elas não desistem de
lutar por aquilo que elas acreditam. E muitas delas tem se destacado no
cenário politico mundial.
Em 110 anos de história o Prêmio Nobel da Paz, agraciou 12 mulheres de todo o mundo, destas 3 foram africanas.
A ecologista queniana Wangari Muta Maathai que faleceu de câncer no final de Setembro de 2011.
Wangari Muta Maathai
E as liberianas Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee.
Ellen
Johnson Sirleaf foi à primeira mulher africana a ser eleita,
democraticamente, Presidente. Ela tomou posse em 16 de janeiro de 2006,
convertendo-se na primeira mulher chefe de Estado tanto na Libéria como
no continente africano.
Desde
então ela muito tem contribuído para a paz na Libéria, para a promoção
do desenvolvimento económico e social e para reforçar a posição das
mulheres.
Ellen Johnson Sirleaf
Por
seu lado a ativista liberiana Leymah Gbowee uma das três laureadas,
conseguiu mobilizar e organizar as mulheres de etnias e religiões
diferentes, a fim de conseguir acabar com a guerra na Libéria e garantir
a sua participação nas eleições. Ela liderou uma 'greve de sexo' na Libéria em 2002.
Essa
iniciativa levou as liberianas de todas as confissões religiosas a
negar sexo aos homens até que cessassem os combates, o que obrigou
Charles Taylor, ex-chefe de guerra convertido em presidente, a
associá-las às negociações de paz.
As mulheres se negaram a fazer sexo com os maridos até o fim dos combates.
Leymah
Gbowee quando era pequena, ela era chamada de Red (vermelha), por sua
pele clara, relatou a liberiana no livro autobiográfico "Mighty Be Our
Powers: How Sisterhood, Prayer, and Sex Changed a Nation at War"
("Poderosos sejam nossos poderes: como a comunidade de mulheres, a
oração e o sexo mudaram uma nação em guerra").
Leymah Gbowee
Desde que se tornou conhecida no movimento pacifista, esta quarentona corpulenta, originária da etnia Kpellé, ganhou outro apelido no cenário internacional: "a guerreira da paz".
Contra
os demônios da guerra, Leymah Roberta Gbowee chamou as mulheres a orar
pela paz, sem distinção de religião e frequentemente vestidas de branco.
"Não
podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo a menos que as
mulheres tenham as mesmas oportunidades do que os homens". Escreve o comité do prêmio Nobel em comunicado.
A cerimónia de entrega do Nobel está marcada para 10 de Dezembro, em Oslo.
Fonte: Consciência Missionaria