Recentemente, o pastor norte-americano Saeed Abedini,
que até então era mantido na prisão Rajai Shahr, em Karaj, foi levado a
um hospital onde permanece há dias algemado e sem assistência médica,
uma vez que guardas iranianos proibiram visitantes. Entenda os novos
acontecimentos
Semanas atrás, o Pr. Saeed foi retirado da prisão Rajai Shahr para um hospital particular no Irã. Foi dito a ele que a mudança teria a finalidade de averiguar sua condição de saúde, já deteriorada, e realizar uma cirurgia para aplacar dores crônicas na região do estômago – resultado de vários espancamentos na prisão. Ele passou por vários exames e recebeu a alimentação necessária.
Semanas atrás, o Pr. Saeed foi retirado da prisão Rajai Shahr para um hospital particular no Irã. Foi dito a ele que a mudança teria a finalidade de averiguar sua condição de saúde, já deteriorada, e realizar uma cirurgia para aplacar dores crônicas na região do estômago – resultado de vários espancamentos na prisão. Ele passou por vários exames e recebeu a alimentação necessária.
Há alguns dias, porém, tudo mudou. Na
quinta-feira, 13 de março, guardas atacaram violentamente o pastor e um
parente idoso que tinha ido visitá-lo no hospital. Abedini foi preso e
algemado. Seu parente idoso foi carregado e brutalmente expulso do
hospital.
Os guardas afirmaram que tinham uma ordem
judicial para proibir visitantes, e tinham instrução para mantê-lo
algemado constantemente. Os médicos também disseram a Abedini que ele
tinha de deixar o hospital e retornar à prisão. Eles têm se recusado a
dar mais que analgésicos a ele. A cirurgia prometida inicialmente também
foi negada – este é o único tratamento que o ajudaria. Até os
resultados dos exames não foram entregues ao pastor.
O momento destes dois acontecimentos é muito
suspeito. No que parece ser um movimento para colocar o Irã em uma
posição favorável, o Pr. Saeed foi levado ao hospital, algo que sua
família vinha pedindo há meses. O pedido foi finalmente atendido na
mesma época da chegada da Alta Representante da União Europeia,
Catherine Ashton, ao Irã. Entretanto, tão logo ela deixou o país, o Pr.
Saeed foi informado que voltaria à prisão sem receber qualquer
tratamento.
A União Europeia tem cuidado do caso do pastor
há algum tempo e este movimento permitiria que oficiais iranianos
registrassem que ele estava recebendo tratamento médico se seu caso
fosse levantado durante a visita da UE ao Irã.
O governo iraniano mantém Abedini preso, negando-lhe tratamento médico, unicamente pelo fato de ele ser cristão.
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Fonte:http://www.portasabertas.org.br