"Estamos ameaçados de extinção”, dizem cristãos perseguidos no Iraque

Essa é a dura definição da realidade dos poucos cristãos que restam no Iraque, após avanço do grupo terrorista Estado Islâmico.

Mulher segura uma cruz durante protesto organizado por cristãos iraquianos na Alemanha. (Foto: Reuters / Thomas Peter)
Mulher segura uma cruz durante protesto organizado por cristãos iraquianos na Alemanha. (Foto: Reuters / Thomas Peter)
"Nós estamos ameaçados de extinção”. Essa é a dura definição da realidade dos poucos cristãos que restam no Iraque, segundo palavras do padre Muyessir al-Mukhalisi, de uma igreja ao leste de Bagdá.
Em 2014, os cristãos de Mosul — cidade ancestral da comunidade cristã no Iraque — foram forçados a fugir quando o Estado Islâmico (EI) estabeleceu seu califado na região, ao norte do Iraque, e começou a destruir igrejas centenárias.
Forças iraquianas apoiadas pelos Estados Unidos lançaram uma ofensiva contra o grupo terrorista na última semana. A ação foi anunciada como o início de uma campanha maior para desocupar áreas ao redor de Mosul — no entanto, o progresso tem sido lento.
"Nós estamos ameaçados de extinção. Essa é uma palavra dura, mas a cada dia estamos acabando. Nosso povo está viajando, emigrando", disse o padre Muyessir.
Cerca de um terço do Iraque foi tomado pelo EI, forçando milhões de pessoas a deixarem suas casas e se juntarem à massa refugiados. Em 2014, famílias cristãs receberam um ultimato do grupo terrorista: pague uma taxa e converta-se ao Islã ou morra pela espada.
Os jihadistas tomaram os bens de centenas de famílias cristãs durante a fuga. Atualmente, a igreja providencia comida e dinheiro para muitas dessas famílias.
O cristianismo existe no Iraque desde o primeiro século depois de Cristo, quando os apóstolos Tomé e Tadeu levaram o Evangelho na região dos rios Tigres e Eufrates.
O país abrigava igrejas cristãs tanto católicas como ortodoxas, em um sinal da diversidade ética e religiosa do Iraque. Mas agora os cristãos dizem que não têm liberdade de expressão no país de maioria muçulmana, e como muitos iraquianos, se queixam da falta de segurança, serviços básicos e oportunidades.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE REUTERS
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