Faltam dois minutos e meio para o Apocalipse

Ainda que não se queira olhar, ouvir e temer as profecias escritas por João na ilha de Patmos, não dá para fugir e nem fingir frente ao quadro atual.

FONTE: GUIAME, EDMILSON FERREIRA MENDES
Cientista Lawrence Krauss (esquerda) e antigo embaixador dos EUA na ONU, Thomas Pickering seguram placa com símbolo do "relógio do apocalipse". (Foto: DN)
Cientista Lawrence Krauss (esquerda) e antigo embaixador dos EUA na ONU, Thomas Pickering seguram placa com símbolo do "relógio do apocalipse". (Foto: DN)
Talvez você nem consiga terminar de ler este texto, talvez não dê tempo, afinal, restam só dois minutos e meio para o Apocalipse. O tema já produziu centenas de livros, teses, estudos, documentários, filmes. O Apocalipse empolga, provoca curiosidade, medo, expectativa, assombro, pelo conjunto de suas profecias deixa mentes e corações intrigados por seus mistérios, símbolos e interpretações.
O mundo não para de produzir violência, injustiça, terror, ódio e mais um monte de desgraça que torna difícil a catalogação. O cenário político, econômico e social vai se confirmando a cada dia como um consumado caos. É tão grave e dolorido o momento que de todos os lados e pelas mais diferentes vozes é possível se ouvir uma antiga frase cercada de susto: é o fim do mundo!
Por conta deste contexto vão pipocando apocalipses nos mais diferentes ambientes, assim como vão surgindo neste rastro mais e mais profetas e candidatos a messias, todos anunciando a catástrofe mundial final que se avizinha. Recentemente, quem subiu ao palco e ficou debaixo dos holofotes da mídia para vaticinar o fim foram os membros do Boletim de Cientistas Atômicos.
E como exatamente estes membros chegaram ao tempo desesperador de apenas dois minutos e meio para o fatídico apocalipse? Segundo reportagens nos diversos meios de notícias, “as últimas declarações do novo presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o escurecimento do panorama da segurança global tornaram o mundo um lugar mais instável”, por conta desta conclusão, em 26/01/17, o Boletim dos Cientistas Atômicos adiantou seu relógio trinta segundos mais perto da meia-noite.
Segundo os donos da ideia, este relógio é uma metáfora de quão perto a humanidade está de destruir o planeta. A última vez que o relógio foi mudado foi em 2015, de cinco para três minutos para a meia-noite. Ou seja, pelo simbolismo que carrega o tal relógio, quanto mais perto da meia-noite, maior o risco de destruição da humanidade.
A decisão de mover ou não os ponteiros do relógio fica a cargo de um grupo de cientistas e intelectuais que inclui até 15 prêmios Nobel. O chamado relógio do apocalipse foi criado em 1947 e, desde então, teve sua hora alterada em 19 ocasiões. “O Boletim nunca antes tinha decidido adiantar o relógio em grande parte pelas declarações de uma só pessoa. Mas quando essa pessoa é o novo presidente dos Estados Unidos, suas palavras importam,” alertaram Lawrence Krauss e David Titley, dois dos cientistas que formam o grupo de membros do Boletim dos Cientistas Atômicos.
Li algumas fontes, nenhuma no entanto citava o Apocalipse que interessa, o da Bíblia. Também conhecido como o livro da Revelação, no Apocalipse Deus deixa registrado uma série de profecias que contam o desfecho da história do nosso planeta. Infelizmente uma grande maioria não dá a mínima para os alertas e orientações contidas no livro e, ironicamente, nesta grande maioria o que não faltam são cientistas e intelectuais.
Se por um lado profecias têm seus códigos e significados em cada símbolo, o que torna difícil uma interpretação perfeita e precisa, por outro lado estados caóticos são bem claros, não deixam dúvidas quanto aos dramas que carregam e fazem cair na cabeça de todos. Portanto, ainda que não se queira olhar, ouvir e temer as profecias escritas por João na ilha de Patmos, não dá para fugir e nem fingir frente ao quadro atual.
Logo, mais fácil que abrir a Bíblia e se debruçar diante da Palavra revelada, é mais cômodo fabricar um relógio, dar um nome sugestivo e de preferência com uma palavra que as pessoas captem de cara o que se quer transmitir, apocalipse por exemplo, e pronto, é só ir fazendo um tipo de contagem regressiva para a destruição do mundo tendo como base os desmandos, fracassos, misérias, decadências, desesperos e falências em todas as áreas da raça humana.
Incrível como o homem, mesmo frente ao caos e total falta de controle da situação, insiste em viver sob sua interpretação e auto ilusão de que conseguirá controlar as coisas. Inacreditável como um grupo de intelectuais e cientistas se rendem ao “poder” que carrega as palavras do ser que ocupa a cadeira como presidente de um país, porém é incapaz de observar o poder contido nas palavras do Rei que ocupa eternamente um trono de glória.
Sobre o tempo e as estações, o dia e a hora para o fim de todas as coisas como as conhecemos, não foi revelado a ninguém, apenas Deus em sua agenda celestial tem esta data e hora definidos. Portanto, fabricar um relógio com tais pretensões, ainda que simbólicas, é, com o perdão do trocadilho, perda de tempo. Devemos olhar para o nosso tempo sabendo que os dias são maus e pioram rapidamente. Devemos compreender que independente do tempo de história que ainda resta não sabemos quanto tempo de vida ainda temos individualmente. Devemos, como bem aconselha e adverte o livro do Apocalipse, levar uma vida justa e buscar a santificação em todo o tempo. Devemos clamar a medida que a história se afunila, como clamaram os santos de todas as épocas: “ora vem Senhor Jesus”.
Dois minutos e meio não passa de palpite. Mas que este velho mundo caminha para o seu capítulo final, caminha. Não nos embriaguemos com as benesses, facilidades e confortos desta vida. Não nos iludamos com os prazeres do aqui e agora. Tudo não passa de laço para nos prender, nos enfraquecer e ao fim nos destruir eternamente. Que saibamos buscar no Espírito o azeite precioso para iluminar diariamente nosso caminho, a fim de que treva alguma nos impeça de acertar o alvo e chegar lá, ao encontro dAquele que tem, Ele só, a Palavra final para o fim dos tempos e consumação da história.
Paz!

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